Tratamentos

DIABETES

O diabetes causa aumento nos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Os principais tipos de diabetes são: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. Outros tipos de diabetes também existem (MODY, LADA, etc…)

Todos os tipos de diabetes podem levar a complicações de longo prazo, que costumam aparecer silenciosamente sem que a pessoa perceba. São elas:

  • Complicações visuais e perda da visão
  • Perda da função dos rins
  • Infarto do coração
  • Acidente vascular cerebral (derrame)
  • Alterações dos nervos (neuropatia diabética)
  • Alterações vasculares e risco de amputação
  • Alguns tipos de câncer

Diabetes tipo 1

O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença do sistema imunológico onde ocorre a destruição das células beta do pâncreas que produzem insulina.

Nesse caso, é preciso usar insulina em injeções diárias ou bomba de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Além disso, é preciso medir frequentemente os níveis de glicose, através de glicosímetro ou sensor, para conseguir um controle satisfatório. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus. Outro dado é que, no geral, é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Diabetes tipo 2

O diabetes do tipo 2 (DM2) pode ter um caráter hereditário. Mas os principais causadores na atualidade são a obesidade e o sedentarismo. Merece atenção especial o excesso de gordura na região do abdome. Até 90% dos portadores de diabetes tipo 2 estão acima do peso no momento do diagnóstico e sua ocorrência é maior após os 40 anos de idade.

Os diabéticos tipo 2 têm uma resistência à ação da insulina e, muitas vezes, produzem esse hormônio em quantidade suficiente.

O DM2 é 10 vezes mais comum que o DM1 e o tratamento é feito através de mudanças no estilo de vida, controle do peso e do excesso de gordura corporal, atividade física regular, medicamentos orais ou injetáveis e, para alguns pacientes, uso de insulina.

Diabetes gestacional

É o aumento das taxas de glicose que surge pela primeira vez na gestação. Está associada ao excesso de peso da gestante, tendência familiar ao diabetes e gravidez em idade avançada.

As mulheres que desenvolvem diabetes gestacional têm maior chance de desenvolver diabetes tipo 2 imediatamente ou mesmo anos após o parto.

Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes​

  • No tratamento das pessoas com diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 180 mg/dL. Nas gestantes a faixa-alvo vai de 63 a 140 mg/dL. A partir de 180mg/dL, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas indesejáveis e com complicações que merecem atenção. O ideal é passar pelo menos 70% do tempo dentro da faixa-alvo e os sensores de glicose proporcionam o cálculo deste tempo.
  • Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.
  • A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física.
  • A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação, principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista.
  • As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose.
  • Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida mais próxima do normal.
  • A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.
  • Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de atividade física.
  • O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2. Ainda se estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções, principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito pouco frequente.
  • Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que, no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia bariátrica ou metabólica têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que não estão muito acima do peso. Salienta-se que alguns desses métodos ainda são absolutamente experimentais.
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