Saiu na última terça-feira, 22, parecer da ANVISA favorável ao posicionamento da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sobre o uso de implantes de gestrinona no Brasil.

👉🏼 Em novembro, a SBEM Nacional e o Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade publicam um Posicionamento Oficial sobre o uso (e abuso) de implantes de gestrinona no Brasil.

A resolução publicada pela ANVISA conclui que não há medicamentos contendo o insumo farmacêutico ativo gestrinoma com registro sanitário válido no Brasil. Tampouco constam em seu banco de dados pedidos de registro aguardando análise ou em avaliação pela área técnica. E ainda destaca a preocupação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sobre o uso de implantes contendo esse insumo, pois claramente se tratam de produtos irregulares.

⚠️ A gestrinona é um hormônio esteroide progestágeno sintético. Inicialmente usado na terapia da endometriose, o hormônio foi lançado em forma de implante com o objetivo de contracepção, controle da TPM e reposição hormonal pós menopausa. Devido aos seus efeitos androgênicos (como diminuição de gordura e aumento de massa muscular), esse implante ganhou fama entre as mulheres que buscam melhora do desempenho físico e estético. O implante de gestrinona chegou até a receber o apelido de “chip da beleza”. O problema são as consequências: pele com acne e oleosidade, queda de cabelo, crescimento de pelos, aumento do clitóris e voz engrossada, esta última, irreversível, são apenas algumas.

👉🏼 Em resumo, não é possível alegar que esses produtos são eficazes e seguros, o que representa um risco à saúde pública.

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Dr. André Vianna
CRM 17517-PR
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